Após a picotagem do desenho para a chapa, segue-se então a fase da estampagem. Aqui é passada uma “bola” (feita de algodão) com uma tinta azul especial, sobre o papel, que à medida que vai passando nos pequenos furos vai marcando no tecido as áreas que deverão ser bordadas.

Antes e/ou depois do bordado algumas peças têm de ser costuradas. Esse trabalho é feito na fabrica ou em costureiras externas, que tal como as bordadeiras, vivem no campo.

Uma vez terminado o processo de estampagem, o tecido será preparado e enviado para a bordadeira que vive no campo. Na sua casa, envolvida pela intensa e magnífica paisagem da ilha, ela desenvolverá um trabalho minucioso e perfeccionista. O carácter do bordado madeirense será, em grande parte, determinado pelas suas mãos ágeis e pacientes que ao longo de muitas horas vão compondo um trabalho de beleza única e genuína.

O bordado é feito no seio familiar da bordadeira, tal como era feito desde o inicio.

Concluído o trabalho da bordadeira, as peças regressam à fábrica, onde os trabalhos são verificados, recortados, lavados e passados a ferro. Só após estas operações o bordado estará pronto para ser certificado. Na foto vemos uma máquina de secar, materiais antigos usados para engomar e fotos de uma lavandaria e uma engomadoria antigas. As peças do Bordado Madeira continuam a ser tratadas conforme a sabedoria dos mais antigos.

São mais de 50 anos a produzir peças com história e arte. Na foto podemos ver peças, carimbos antigos e os primeiros documentos da Bordal: primeiro bilhete de estamparia, primeiros livros de materiais e de pessoal de 1962.